“Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito.
É preciso também que haja silêncio dentro da alma.” (Alberto Caeiro)




25.6.11

AO CHEIRO DAS ÁGUAS

"Porque há esperança para a árvore que, se for cortada,
ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos.
Se envelhecer na terra a sua raiz,
e no chão morrer o seu tronco, 
ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como planta nova"
(Jó 14: 7-9)

12.6.11

DEPOIS DA CHUVA

"Ficamos a olhar o verde do jardim, as gotas a evaporarem, as lesmas a prepararem os corpos para novas caminhadas.
O recomeçar das coisas.

- Não sei onde é que as lesmas sempre vão, avó.
- Vão pra casa, filho.
- Tantas vezes de um lado para o outro?
- Uma casa está em muitos lugares - ela respirou devagar,
me abraçou.  - É uma coisa que se encontra".

(Ondjaki, Os da minha rua)